Há algum tempo ouvimos falar que o Etanol é um combustível sustentável, pois ele emite menos poluentes no ar e consequentemente não atinge tanto a camada de ozônio, além de ser um combustível renovável o que favorece a sua produção.
Entretanto, outros fatores não estão sendo observados, como por exemplo: onde a fonte do Etanol está sendo plantada? No nosso país, mais especificamente no Mato Grosso do Sul, a cana de açúcar que gera esse biocombustível é plantada em grandes latifúndios. Porém, muitos não sabem que para os latifundiários se tornarem donos dessas terras eles tiveram que expulsar índios e desmatar grandes áreas para fazer o plantio da cana.
Em segundo plano, nós devemos observar que a cana de açúcar é uma planta que utiliza bastante do lençol freático, ou seja, além de diminuir a quantidade de água pode poluir através dos agrotóxicos utilizados pelos fazendeiros. Isso é exposto e exemplificado em um curta chamado "À Sombra de um Delírio Verde", que além de retratar dessas questões da poluição e do desmatamento, mostra como os indígenas estão sendo tratados, muitos são contratados para trabalhar na produção da cana, todavia as condições de trabalho são análogas às escravas.
Portanto, fica a reflexão: vale mesmo a pena desmatar, retirar famílias de suas terras, interferir no lençol freático, para produzir um combustível que vai enriquecer determinadas pessoas e não uma comunidade inteira? A sustentabilidade está muito voltada para o lucro, pois é dessa forma que vivemos hoje. Mas nós precisamos entender que "é o lucro que está nos matando pouco a pouco", ou seja, é com a meta de enriquecer estamos consumindo desenfreadamente, produzindo bastante lixo e até mesmo prejudicando pessoas como o caso dos índios Guarani Kaiowá. Logo, percebemos que é necessário fazer um balanceamento das nossas ações, nesse caso a produção de etanol pode ser favorável, mas não da forma como está ocorrendo.
Referências
YOUTUBE. À Sombra de um Delírio Verde. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fRuH3ydihHE>
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