Feira de Conhecimento

Na última terça (30/04/2019) houve uma "feira de conhecimento", na Universidade Federal do Sul (UFSB), onde estudantes demonstraram o resultado da entrevista feita no Conjunto Habitacional São José, mencionada no post anterior. 

Muitos trabalhos sobre ideias de melhorias do lugar foram apresentados, dentre eles estava o do meu grupo, que sugeriu aulas artísticas (com certificação) para os moradores do conjunto. Essas aulas devem ser ministradas na UFSB, por professores voluntários especialistas em algumas áreas, tais como: artesanato, dança, canto e música. 

Essas aulas podem trazer benefícios tanto para os moradores quanto para os estudantes da universidade, pois esse programa pode virar um planejamento de extensão da UFSB, fazendo com que os alunos interajam mais com a comunidade, compartilhando os conhecimentos por eles adquiridos ao longo desses anos. 

Outro trabalho apresentado foi o da "Academia da Saúde", que é a implantação de uma academia fixa na praça principal do conjunto habitacional, essa é uma grande ideia, já que trará não só benefícios para a saúde dos moradores, como também será uma forma de lazer para eles, que inclusive é bastante precária, só há uma quadra que nem as crianças usam direito, muito menos os adultos. 

Portanto, com essa entrevista feita pudemos perceber como é a realidade desses moradores, que tem problemas com: falta de lazer próximo, com a água - pois não tem tanque para armazenamento em cada casa, não há disponibilidade de aulas artísticas e gratuitas - ficam a cerca de 10km do conjunto, caso algum morador quisesse fazer seria bastante custoso, dentre outros. Logo, alguma intervenção feita será muito bem aproveitada. 

Meu grupo

Meu trabalho

Feira de Conhecimento

Trabalho de outro grupo

Trabalho de outro grupo

Feira de Conhecimento

Feira de Conhecimento

 Observação: todas as fotos são de fontes próprias. 

Conjunto Habitacional São José

No  dia 13 de abril de 2019, os alunos da UFSB foram fazer uma pesquisa no Conjunto Habitacional São José, situado na cidade de Itabuna. A consulta feita com os moradores de tinha como principal objetivo saber quais os principais problemas do bairro e o que eles achavam que deveria fazer para melhorar.

Dentre as adversidades relatadas, a predominante foi a falta de um CEP para o bairro, fazendo com que o correio não entregue praticamente nenhuma correspondência (somente as contas de água e luz) para os moradores. Caso alguém precise receber algo pelo correio tem que pedir para entregar em outro endereço, ou seja, de alguém conhecido.

Além disso, foi mencionado também o problema com a água, esta chega no conjunto habitacional, entretanto não consegue ser sempre distribuída para as casas, pois é necessário uma bomba que quebra com frequência e faz com que os residentes tenham que carregar água do tanque do conjunto até as suas respectivas casas.

Com isso, percebemos como episódios tão pequenos no nosso cotidiano, como por exemplo a questão da falta de um CEP, podem se tornar algo de um incômodo tremendo para outras pessoas. Portanto, fica a reflexão se estamos realmente valorizando tudo o que temos no nosso dia a dia ou se apenas reclamamos e não fazemos nada para mudar.

Casas do Conjunto Habitacional São José

Alunos da UFSB

Casas do Conjunto Habitacional São José

Alunos da UFSB

Alunos da UFSB

Conjunto Habitacional São José

Casas do Conjunto Habitacional São José

Saneamento Básico: Nossa Responsabilidade

Em uma pequena palestra ofertada pela professora Silvia Kilmo e pelo Engenheiro Alfredo Melo, na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), pode-se tomar consciência de como algumas áreas da cidade de Itabuna ainda falta uma infraestrutura mínima para os moradores.

 Como demonstrado pelo engenheiro, existe uma lei a 11.445/2007 que juntamente com a Constituição Federal asseguram o direito dos brasileiros de ter acesso ao saneamento básico, ou seja, é garantido que os indivíduos terão obtenção de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, dentre outros. Tudo isso visando uma melhoria na saúde da população que tem acesso a esses benefícios. 

Entretanto, lamentavelmente, não é toda a população que tem saneamento básico em seu bairro, mesmo sendo um direito assegurado por lei. A exemplo disso, através de uma  pesquisa de campo feita por alunos da UFSB, foi demonstrado como o bairro Nova Esperança em Itabuna estava sendo tratado pelos governantes locais, como por exemplo, esgoto passando pela frente das casas, a dificuldade da água chegar nas residências e outros problemas.

Porém, após a visita dos estudantes foram feitos alguns projetos, que foram levados ao conhecimento da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) e atualmente já estão sendo feitos alguns trabalhos na região, como o de esgotamento sanitário, com isso muitos benefícios chegarão para os moradores do lugar. Portanto, fica evidente a importância da uma mobilização social, mesmo que não tenha sido feita pelos moradores do bairro, outras pessoas de fora conseguiram chamar a atenção para o problema que estava acontecendo, por isso penso que o bem estar de todos é nossa responsabilidade e não apenas os problemas pontuais de cada um. 

Professora Silvia Kilmo
Fonte: própria.

Engenheiro Alfredo Melo
Fonte: própria.

Manifestação na UFSB

Na última segunda-feira (18/03/2019), houve uma reunião com a reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), onde foi tratado da proposta de mudança da atual forma estrutural da universidade.

Entretanto, já existem alguns problemas na UFSB, que não foram falados na reunião, como por exemplo, a área de saúde que só oferta o curso de Medicina para a migração do curso de Segundo Ciclo. Além disso, há um problema com relação a notas, pois através de um estudo feito por alguns estudantes da universidade, foi observado que o Campus de Teixeira de Freitas flexibiliza para os alunos tirarem a nota máxima durante o quadrimestre, ao contrário dos outros campi (nesses os alunos devem merecer a nota máxima, o que é correto). 

Por conta disso, a competição para a entrada dos estudantes no único curso ofertado é injusta, pois a maioria dos alunos dos outros 2 campi não conseguem tirar a nota 10 ao final dos componentes curriculares durante os 3 anos de Bacharelado Interdisciplinas em Saúde. Consequentemente, os discentes estão insatisfeitos, já que a administração da UFSB não tem apresentado nenhuma medida para solucionar o problema. 

Dessa forma, os alunos fizeram uma manifestação na segunda-feira, exigindo que alguma medida seja tomada. Portanto, ficou decidido em acordo com a reitora que haverá uma reunião com a Procuradora Jurídica da UFSB para ver a possibilidade de existir isonomia de vagas entre campi, ou seja, que as 80 vagas existentes para medicina sejam divididas igualmente entre Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas. 

Reunião com a Reitora - Campus de Itabuna
Fonte: Própria

Manifestação no Campus de Itabuna
Fonte: Desconhecida

Manifestação no Campus de Itabuna
Fonte: Desconhecida

Manifestação no CUNI - Ibicaraí
Fonte: Desconhecida

Manifestação no CUNI - Ibicaraí
Fonte: Desconhecida

Aquecimento Global: um processo natural ou produto do homem?

Através de um debate feito em sala de aula na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), foi possível perceber que há diferentes visões sobre o aquecimento global que tem acontecido nos últimos tempos. 

Em primeiro plano, temos a visão mais conhecida, que é a do ser humano interferindo em todo o planeta, aumentando os gases através da indústria, da poluição dos automóveis e do desmatamento, já que as árvores são os principais reguladores do dióxido de carbono (principal gás que retém raios solares na atmosfera causando o efeito estufa). Por conta disso, o Brasil foi considerado em 2006 o quarto país com mais emissão de dióxido de carbono, ou seja, não temos muitos poluentes diretos, entretanto, desmatamos tanto que as árvores existentes não conseguem dar conta do volume de gás produzido. 

Em segundo plano, há a visão de que o aquecimento global existe independente dos seres humanos, pois estudos foram feitos e foi verificado que há bilhões de anos atrás a Terra teve um aumento em sua temperatura maior do que a que está acontecendo agora. Com isso, alguns pesquisadores chegaram a conclusão de que esse é um processo natural do planeta e que ele aconteceria independente da força humana, logo as atitudes dos indivíduos não interferem diretamente no aquecimento global. 

A partir da análise das duas visões, pode-se concluir que o planeta tem um processo natural em que ele aquece e resfria com o passar dos anos e atualmente estamos passando pela fase quente. Porém, o que pude depreender é que o homem está acelerando todo esse processo, está conseguindo através de suas ações reter mais calor na Terra, além do que ela naturalmente produziria. 

Portanto, é necessário que nós policiemos nossas atitudes e reivindiquemos melhorias, como por exemplo, que o governo multe ou cobre uma tributação maior para empresas que desmatam e não fazem reflorestamento ou que produzam gases além do permitido, pois alguma atitude precisa ser feita. Dessa forma, conseguiremos aos poucos melhorar nosso comportamento perante o planeta. 

Fonte: Instituto Pensi

Bibliografia 

“Mudanças do clima, mudanças de vidas”, do Greenpeace Brasil, de 2006, 51 min. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=-xUt31hgYKQ > Acesso em 9 mar. 2019. Duração: 51 min.

Uma verdade Inconveniente. Direção: Davis Guggenheim. Estados Unidos: Paramount Pictures, 2006. 98min. Longa-metragem. Colorido.

Entrevista com o jornalista Richard Jakubaszko. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=yNLgk5y9JCA > Acesso em 16 mar. 2019. Duração: 24 min.

A Desigualdade Global

Em uma entrevista dada ao Globo News, o economista Branko Milanovic comenta alguns pontos do seu livro, como por exemplo, que a desigualdade entre os continentes Ásia e América Latina é pequena, medidos através de um estudo feito por ele. Entretanto, quando os países são comparados separadamente esse coeficiente de desigualdade aumenta, por exemplo, o Uruguai é um país que tem uma desigualdade baixa (dentre os da América Latina), todavia se for comparado ao Japão haverá uma discrepância nesse coeficiente.

Dessa forma, podemos perceber que a diferença entre os países é grande, não existe uma homogeneidade no meio deles. A partir disso, ele leva a uma questão pela vertente da plutocracia, que resumidamente significa que o governo é controlado pelos ricos. No Brasil, não costumamos utilizar esse termo, segundo Branko isso se deve ao fato de que aqui temos políticas sociais que permite ao pobre ter algum tipo de voz, portanto os ricos têm uma grande influência na política brasileira, porém não chegam de fato a governar, por isso não somos enquadrados nessa plutocracia.

Além disso, Milanovic diz que as diferenças entre continentes como a Europa e a África estão aumentando. Isso interfere diretamente nas imigrações, os africanos começam a apresentar a necessidade de sair do seu continente para encontrar melhores oportunidades, o que é algo natural e que poderia ajudar na desigualdade continental, já que a população na Europa se encontra estabilizada. Porém, os europeus não enxergam dessa maneira e não querem pessoas com culturas diferentes convivendo diariamente com eles.

Por fim, Branko dá exemplos de algumas coisas que aconteceram e diminuíram a desigualdade, como a Segunda Guerra Mundial, que com a participação massificada da população os ricos tiveram que pagar uma maior tributação para sustentar o país, esse ele considerada como um efeito maligno. Já os efeitos benignos, podem ser o aumento do nível de escolaridade ou então as mudanças tecnológicas, pois elas dão mais acesso a informações para aqueles que são considerados pobres, ou seja, que têm menos especializações.

A partir disso, fica a seguinte reflexão: até quando deixaremos que a plutocracia tome conta das nossas vidas disfarçada de democracia? Como é possível que 8 pessoas no mundo todo tenham a mesma riqueza monetária que 3,6 bilhões de pessoas? Esses são alguns dos pontos retratados em sua entrevista, recomendo que assistam. 

Imagem 1: Economista Branko Milanovic

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Fonte: Wikipédia

Imagem 2: Taça da Desigualdade

Fonte: Jornal GGN

Referência

BRANKO Milanovic comenta desigualdade social no mundo. Globo News, 2017. Vídeo(22min). Disponível em: <https://globosatplay.globo.com/globonews/v/5650942/>. Acesso em: 23 fev. 2019. 

Linha tênue do racismo

      Você já se perguntou por quantos médicos negros foi atendido nessa vida? Ou quando imagina um(a) diretor(a) de uma grande empresa, a primeira figura que vem a mente é de uma pessoa negra ou branca? 

      Com essas pequenas indagações conseguimos perceber o quanto um indivíduo negro está marginalizado. Outro exemplo é: quando tem negro em uma novela (em sua maioria) é uma pessoa que faz papel de empregada doméstica ou é a "mocinha"/protagonista? Chegamos ao ponto de que uma lei antirracismo precisou ser criada e foi-se necessário estabelecer por lei uma quantidade mínima de pessoas negras que devem estar presentes em uma propaganda publicitária. 

     Então, para você que é contra as cotas raciais presentes em universidades e/ou concursos públicos qual o argumento que utiliza? Essa medida foi para amenizar os danos causados por anos de escravidão que não deveria ter existido, Leandro Karnal afirma isso em uma de suas palestras. 

      Portanto, nós deveríamos pesquisar mais sobre o assunto, tentar entender o quanto um negro sofre para viver normalmente nessa sociedade, sem ser o primeiro alvo de investigação quando acontece um roubo. Devemos também, verificar que a lei das cotas só valerá por 10 anos, pois ela é uma medida paliativa, e se posteriormente os efeitos dela atingiu o objetivo proposto (amenizar o preconceito racial enraizado). 

                                                         Fonte: Rádio Francesa Internacional (RFI)

Referência: 

YOUTUBE. Cotas raciais ● Leandro Karnal. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=439d74kjtTE>. Acesso em: 14 fev. 2019.

Sustentabilidade?

      Há algum tempo ouvimos falar que o Etanol é um combustível sustentável, pois ele emite menos poluentes no ar e consequentemente não atinge tanto a camada de ozônio, além de ser um combustível renovável o que favorece a sua produção. 

      Entretanto, outros fatores não estão sendo observados, como por exemplo: onde a fonte do Etanol está sendo plantada? No nosso país, mais especificamente no Mato Grosso do Sul, a cana de açúcar que gera esse biocombustível é plantada em grandes latifúndios. Porém, muitos não sabem que para os latifundiários se tornarem donos dessas terras eles tiveram que expulsar índios e desmatar grandes áreas para fazer o plantio da cana. 

      Em segundo plano, nós devemos observar que a cana de açúcar é uma planta que utiliza bastante do lençol freático, ou seja, além de diminuir a quantidade de água pode poluir através dos agrotóxicos utilizados pelos fazendeiros. Isso é exposto e  exemplificado em um curta chamado "À Sombra de um Delírio Verde", que além de retratar dessas questões da poluição e do desmatamento, mostra como os indígenas estão sendo tratados, muitos são contratados para trabalhar na produção da cana, todavia as condições de trabalho são análogas às escravas. 

      Portanto, fica a reflexão: vale mesmo a pena desmatar, retirar famílias de suas terras, interferir no lençol freático, para produzir um combustível que vai enriquecer determinadas pessoas e não uma comunidade inteira? A sustentabilidade está muito voltada para o lucro, pois é dessa forma que vivemos hoje. Mas nós precisamos entender que "é o lucro que está nos matando pouco a pouco", ou seja, é com a meta de enriquecer estamos consumindo desenfreadamente, produzindo bastante lixo e até mesmo prejudicando pessoas como o caso dos índios Guarani Kaiowá. Logo, percebemos que é necessário fazer um balanceamento das nossas ações, nesse caso a produção de etanol pode ser favorável, mas não da forma como está ocorrendo. 

Fonte: canalbioenergia.com.br

Referências

YOUTUBE. À Sombra de um Delírio Verde. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fRuH3ydihHE>. Acesso em: 06 fev. 2019.